quinta-feira, 25 de março de 2010

CHEGADA A PORTUGAL

30 de Novembro de 1340



Desde que cheguei, inda há pouco, a Portugal e mesmo, entre os afazeres e os lazeres da leitura e da música, vislumbro o teu rosto… Aquele que gravei no meu coração, desde o primeiro e breve olhar que contigo troquei, mas que ateou, desenfreadamente, neste meu frágil coração, a paixão, o amor que já não consigo disfarçar…

Diante do meu olhar comprometido, anda sempre essa tua esbelta e robusta compleição física; esse teu ar sereno, alegre; essa tua determinação valente… Posso já afirmar, com toda a convicção, que fui profunda e irremediavelmente atingida pela seta do Cupido… Foi, sem dúvida, amor à primeira vista…

Junto de tua frágil e serena esposa, D. Constança, bem tento esconder este sentimento que me consome e que a atraiçoa, mas evitá-lo já não posso…

Apenas quando estás por perto, meu Apolo, eu vivo, eu respiro e eu sou feliz! Todo o restante tempo sobrevivo… Tu és o meu Sol, a minha Luz e a minha Verdade…






Inês