Hoje, 7 de Janeiro, nos Paços de Santa Clara, em Coimbra, Diogo Lopes Pacheco, Pedro Coelho e Álvaro Gonçalves degolaram a minha adorada Inês.
Esta e os nossos filhos inundaram o Mondego com as suas salgadas lágrimas de súplica ao meu pai, cujo coração empedernido nem vacilou e, friamente, ordenou o seu macabro massacre.
Não posso crer que o nosso Amor tão puro tenha tido um fim tão indigno.
Agora, percebo que aqueles gritos lancinantes da lebre e dos seus filhotes agoniantes, aquando da nossa caçada, prenunciavam já a metamorfose deste dia que de tão radioso, de súbito, se transformou em tenebroso.
Pedro
« TRISTES FORAM TEUS FADOS, DONA INES» António Ferreira, A Castro